A surpreendente ciência por trás da lata de refrigerante de alumínio

Damos por garantido que as latas de refrigerante são cilíndricas – a forma é fácil de segurar e as latas empilham bem umas em cima das outras. Mas como é que o design das latas de hoje se tornou padrão? Afinal, as latas cilíndricas não embalam tão bem como as latas em forma de cubo, e usam mais metal do que as latas esféricas.

Um novo vídeo de Bill Hammack, um professor de engenharia química da Universidade de Illinois que tem um canal no YouTube chamado “engineerguy”, explica a ciência de como a lata de refrigerante moderna veio a ser.

Uma lata esférica pode usar a menor quantidade de embalagem, mas é claro que rolaria para fora da mesa – então isso está fora. Uma lata em forma de cubo não funcionaria porque as bordas são pontos fracos, e as paredes teriam que ser muito mais grossas para suportar a pressão da bebida carbonatada dentro dela. (Também não é particularmente fácil de segurar ou beber de.)

Uma lata cilíndrica combina as melhores qualidades de uma esfera e de um cubo. Quando embalados em uma caixa, os cilindros ocupam cerca de 90% do espaço disponível, e sua forma redonda é capaz de resistir a uma boa quantidade de pressurização. As latas de alumínio modernas têm menos de um décimo de milímetro de espessura, mas mantêm o líquido a até 90 libras por polegada quadrada (cerca de seis vezes a pressão atmosférica regular).

A lata de alumínio ou lata de estanho começa a vida útil como disco plano com alguns centímetros de diâmetro, e é prensada mecanicamente numa forma de copo rasa e depois num copo mais alto com o mesmo diâmetro que a lata final. O fundo do copo é então pressionado em forma de cúpula côncava, o que permite que a lata suporte pressões maiores do que se fosse plana. Todo o processo leva apenas um sétimo de segundo, permitindo a uma única máquina produzir cerca de 100 milhões de latas num período de seis meses.

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Finalmente, o exterior da lata é decorado, e o interior é pulverizado com um revestimento que impede que o refrigerante adquira um sabor metálico. A parte superior da lata ainda aberta é afunilada, e uma vez a lata cheia de refrigerante ou sumo, uma máquina separada coloca imediatamente a parte superior na lata e sela-a ao corpo. O refrigerante, explica o Dr. Hammack, é pressurizado com dióxido de carbono, enquanto o suco é pressurizado com nitrogênio. Essa pressão interna permite que a lata seja relativamente forte apesar de suas paredes finas – pense em como é fácil esmagar uma lata vazia com a mão versus como seria difícil fazer o mesmo com uma lata não aberta.

A lata moderna de refrigerante também incorpora uma pequena aba que abre a parte superior da lata sem se desprender. Hoje essa característica é onipresente, mas até os anos 70, as latas apresentavam uma aba que saía da lata, e as praias eram muitas vezes repletas de pulseiras descartadas.

A maioria de nós interage com latas de bebidas modernas todos os dias, mas é fácil esquecer que elas são cuidadosamente desenhadas e fabricadas com um grau de precisão incrível. A indústria de bebidas faz cerca de 100 bilhões de latas por ano, graças a um design que resulta em latas fortes, confiáveis e eficientes.

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